Segunda Guerra Mundial - Doc Matéria de Capa
Matéria de Capa | A Grande Guerra | 25/08/2019 - Youtube - TV Cultura
Em um país com a economia arrasada, hiperinflação e desemprego nas alturas, um desequilibrado, movido a fantasias de poder, preconceitos e supremacia racial, assume o poder. Esse é o cenário do que viria a se tornar a maior tragédia já registrada na história da humanidade. Há 80 anos foi iniciado o conflito que ganhou escala global, levando à morte de 60 milhões de pessoas. Nesta edição do Matéria de Capa, confira o desenrolar dos 6 anos de barbárie da Segunda Guerra Mundial.
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Matéria de Capa | 70 anos da rendição alemã | 10/05/2015 - TV Cultura - Youtube
Setenta anos depois da capitulação nazista, as feridas da 2ª Guerra Mundial ainda não cicatrizaram; na Europa e em várias partes do mundo, multiplicam-se aqueles que ainda se deixam levar por extremismos de toda espécie
O decorrer da Segunda Guerra Mundial
Logo após o decreto de guerra, os alemães invadiram a Dinamarca, Noruega, Holanda e Bélgica. Em 1940, as tropas nazistas avançaram e ocuparam o sul da França. Logo após, formou-se:
- o Eixo – um pacto de apoio mútuo entre Alemanha, Japão e Itália contra ataques de países ainda não envolvidos na Segunda Guerra Mundial, como os Estados Unidos.
- os Aliados, como ficou conhecida a oposição ao Eixo, formada por diversos países. O grupo tinha como lideranças o Reino Unido e a França em um primeiro momento.
O grande erro estratégico de Hitler
Em junho de 1941, Hitler quebrou o Pacto Germânico-Soviético e invadiu a União Soviética. As tropas nazistas chegaram perto de conquistar a cidade de Stalingrado, mas em novembro foram derrotadas pelo Exército Vermelho, como eram conhecidas as tropas soviéticas, que usaram o rigoroso inverno russo como arma.
Ao quebrar o tratado com a URSS, os alemães fizeram a Segunda Guerra Mundial aumentar suas proporções. Em 1941, os soviéticos juntaram-se aos Aliados, levando a Alemanha a ter que lutar em duas frentes: a oeste, com os ingleses, e a leste, com o Exército Vermelho.
O Holocausto
Enquanto enfrentava diversos países na Segunda Guerra Mundial, o Partido Nazista também perseguia minorias a fim de “purificar” a Alemanha. Os judeus, principais vítimas dessa caçada, antes confinados aos “guetos” alemães, passaram a ser deportados e executados em massa a partir de 1942. Tratava-se da solução final, que instalou campos de trabalho, concentração e extermínio na Alemanha e na Polônia.
Estima-se que, ao final da Segunda Guerra Mundial, cerca de 6 milhões de judeus foram mortos em um dos maiores crimes da história, que ficou conhecido como holocausto.
Pearl Harbor e os Estados Unidos na guerra
Com desejo de explorar recursos do Sudeste Asiático, os quais alimentariam a indústria voltada para a Segunda Guerra Mundial, o Japão lançou uma série de ataques. Além de mirar o próprio Sudeste Asiático, os japoneses buscaram neutralizar a frota naval estadunidense localizada na região central do Oceano Pacífico. Assim, em dezembro de 1941 a base militar estadunidense de Pearl Harbor, no Havaí, foi bombardeada.
Esse ataque configurou outra “virada” na Segunda Guerra Mundial, pois levou os Estados Unidos, o Reino Unido, a China e a Austrália a declararem formalmente guerra contra o Japão. Assim, por conta do pacto de apoio mútuo assinado em 1940, a Itália e a Alemanha declararam guerra a esses Estados, apoiando o Japão.
Ao que China e Estados Unidos apoiaram Reino Unido e França – os chamados Quatro Grandes –, os Aliados se fortaleceram. As constantes batalhas perdidas pelo Eixo, somadas às baixas alemãs no rigoroso inverno russo, geraram um clima de medo e instabilidade e fizeram com que a Itália se retirasse do conflito em 1943. A partir daí o Eixo declinou ainda mais.
O Dia D
Já enfraquecido, o Eixo sofreu uma derrota fundamental no dia 6 de junho de 1944 – o conhecido Dia D. Nessa data, mais de 150 mil soldados aliados desembarcaram na Normandia, localizada no Noroeste da França. A mega operação também envolveu 1,2 mil navios de guerra e mil aviões, além de ter sido responsável por libertar Paris em 25 de agosto de 1944. Agora, os nazistas estavam acuados e perdendo o território que haviam conquistado.
Posteriormente, em 2 de maio de 1945, os soviéticos ocuparam Berlim após libertarem a Polônia. Hitler já havia cometido suicídio dias antes, em 30 de abril, e por isso a rendição alemã veio rapidamente. Em 5 de maio de 1945 a guerra acabava na Europa.
O Tratado de Potsdam
Em julho de 1945, foi realizada a Conferência de Potsdam, na Alemanha. Nesse encontro, vencedores e perdedores da Segunda Guerra Mundial assinaram o Tratado de Potsdam. Novamente, a Alemanha foi culpada pelo conflito e precisou pagar uma alta indenização aos Aliados.
Duas Alemanhas
Além da punição financeira, a Alemanha também foi dividida em quatro zonas de ocupação militar: estadunidense, soviética, britânica e francesa. O objetivo dessa divisão era facilitar a tarefa de administrar o país para que ele fosse reconstruído, juntamente com a economia europeia. Também era de interesse dos Aliados evitar que um novo sentimento revanchista surgisse na Alemanha, de forma a repetir a história que culminou na Segunda Guerra Mundial.
No entanto, as divergências sobre como coordenar os territórios tornaram-se um problema. Enquanto os Estados ocidentais – liderados pelos Estados Unidos, já que Reino Unido e França foram política, econômica e socialmente enfraquecidos pela Segunda Guerra Mundial – priorizavam a recuperação tanto alemã quanto europeia, a União Soviética exigia maiores reparações pelos prejuízos causados pelo conflito.
O fato de as três regiões ocidentais buscarem unificar-se e serem coordenadas de uma mesma maneira fez acabar a divisão da Alemanha em quatro partes, passando a valer a separação em duas zonas de ocupação: a Oriental e a Ocidental. Essa separação, ideologicamente criada pelos Estados ocidentais, foi transformada em uma realidade inegável em 13 de agosto de 1961. Nessa data, a URSS construiu o famoso Muro de Berlim, que dividiu fisicamente não apenas a cidade, mas o país. Assim, surgiram a Alemanha Ocidental (capitalista) e a Alemanha Oriental (comunista).
O Tribunal de Nuremberg
O Tratado de Potsdam também criou o Tribunal de Nuremberg, que começou a funcionar a partir de novembro de 1945. Esse Tribunal foi criado com a função de analisar, julgar e condenar os envolvidos nos crimes contra a humanidade cometidos durante a Segunda Guerra Mundial, e ficou ativo por um ano. Sua atuação provocou importantes efeitos jurídicos e filosóficos que, dentre outras questões, levaram à redação da carta de Direitos Humanos, em 1948, e serviram como um “primeiro passo” na criação do Tribunal Penal Internacional, em 1998
Opa, espera aí! E o Japão?
Nós não esquecemos do Japão, não! Mesmo após a rendição alemã e da assinatura do Tratado de Potsdam, os japoneses não desistiram. A imensa área que tinha sido ocupada pelo país no Oceano Pacífico durante o início da Segunda Guerra Mundial já vinha diminuindo desde a entrada dos Estados Unidos no conflito, mas mesmo assim os japoneses persistiam.
Como o inimigo não se rendia, os Estados Unidos promoveram uma horrível demonstração de força: os ataques atômicos em Hiroshima, no dia 6 de agosto de 1945, e pouco depois, em 9 de agosto, o alvo foi a cidade de Nagazaki.
Os ataques são considerados “horríveis” pelos efeitos destruidores das armas nucleares – os quais não se resumem aos dias dos ataques, mas alastram-se por décadas por conta da radiação, responsável por matar outras 80 mil pessoas nos anos após o ataque em Hiroshima –, mas não apenas por isso. A questão que inquieta estudiosos até hoje é outra: o ataque atômico foi mesmo necessário para encerrar de uma vez por todas a Segunda Guerra Mundial?
Existem divergências quanto à resposta para essa questão. Enquanto alguns acreditam que o lançamento das armas nucleares foi necessário para agilizar o fim do conflito, evitando uma invasão ao Japão e, assim, poupando muitas vidas, outros tantos discordam. Esse grupo de pesquisadores entende o uso das bombas atômicas como uma forma de demonstrar força para a União Soviética, antecipando o conflito ideológico que viria a se acirrar até instalar-se a Guerra Fria.
O questionamento sobre a necessidade das bombas nucleares levanta outro: teriam os Estados Unidos cometido crimes de guerra? O Jornal Nexo perguntou sobre isso a dois especialistas nesta reportagem, vale a pena conferir.
Após os ataques atômicos, a URSS expulsou tropas japonesas que ainda ocupavam a Manchúria – região localizada no Nordeste da China – e, em 2 de setembro de 1945, o Japão se rendeu.
Fontes: Matéria de Capa - TV Cultura. Politize.com
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