Consciência Negra: Cotas

 



As oportunidades dadas aos brancos, há séculos, não são as mesmas do que as oferecidas aos negros. Então, por que eles deveriam ser tratados da mesma forma quando o assunto é acesso à educação? Hoje, no Brasil, há 54% de população negra. Mas, quando se olha a cara das instituições, sejam públicas ou privadas nos mais variados setores, a distribuição dos cargos e salários, não é feita, em geral, de forma justa. As vagas com melhores remunerações e com poder de decisão, ainda são reservadas aos brancos. Onde está a comunidade negra, quando o assunto é o mercado de trabalho? Dandara Tonantzin, pedagoga e mestranda da UFMG, Maria Aparecida, diretora de secretarias do TRT, e Elisiane Santos, procuradora do MPT-SP e vice coordenadora da Coordigualdade, explicam como o racismo ainda é a barreira para que muitos profissionais negros cheguem ao mercado de trabalho formal e qualificado, mesmo após os anos de aproveitamento das políticas públicas voltadas para educação, como as cotas raciais no Brasil. Participantes: Dandara Tonantzin, pedagoga e mestranda da UFMG; Maria Aparecida, diretora de secretarias do TRT e Elisiane Santos, procuradora do MPT-SP e vice coordenadora da Coordigualdade.


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A implantação das cotas sociais e raciais e demais ações afirmativas tem papel fundamental na diversificação racial dos corpos docente e discente dos bancos universitários (e do serviço público), na produção teórica/do conhecimento acadêmico-científico e de respostas mais complexas às questões sociais à brasileira, no avanço da justiça racial reparatória e de cidadania efetiva para as populações negras, incluindo-se quilombolas, e não negras historicamente subalternizadas pelo Estado – a exemplo dos povos indígenas e outras comunidades tradicionais (povos das águas, matas e florestas), pessoas com deficiência (PcD), trans e travestis. Nossa convidada Thuane Nascimento, coordenadora executiva do PerifaConnection, afirma: "Ter um diploma na mão é importante para conseguir quebrar essa barreira da zona do 'não ser' em que as pessoas negras se encontram no Brasil. Entendemos, então, que a cota racial foi essencial para mudar o lugar social em que nós, negros, 'nos encontramos". Zélia Amador de Deus, artista, militante do movimento negro e professora universitária, a primeira reitora negra de uma universidade pública, fala sobre a cosmovisão, o olhar histórico dos e sobre os corpos negros na/frente à sociedade do país e a importância da presença negra nas universidades. Nosso convidado Renato Noguera, escritor, ensaísta e professor de Filosofia do Departamento de Educação e Sociedade (UFRRJ), afirma: "As cotas raciais são partes das ações afirmativas, não se tratando de privilégio, mas de direitos". Fontes de Pesquisa: Âmbito Jurídico, Brasil de Fato, Revista Vozes, planalto.gov, Câmara dos Deputados, Portal APUBH UFMG+, Nexo Jornal, Portal UOL e Scielo. O Canal Preto gostaria de agradecer a participação de nossas convidadas e convidado. Renato Noguera (Escritor, ensaísta e professor de Filosofia do Departamento de Educação e Sociedade [UFRRJ]). Zélia Amador de Deus (Artista, militante do movimento negro e professora universitária, a primeira reitora negra de uma universidade pública) Thuane Nascimento (Coordenadora executiva do PerifaConnection ) Racismo. Ou você combate, ou você faz parte. Qual dos dois é você?

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