A humanidade precisa combater o racismo

 





O racismo estrutural não se trata de um ato descriminação. Ele representa um processo histórico em que condições de desvantagem e privilégio a determinados grupos étnico-raciais são reproduzidos nos âmbitos políticos, econômicos, culturais e nas relações cotidianas. Nossa convidada Rosane Borges, Jornalista e Professora, explica: “A gente tende a reduzi-lo em situação de preconceito, de descriminação, porque ele se manifesta nessas situações, mas ele é um sistema de poder, ele é um sistema que hierarquiza humanidades, tomando como critério a raça.” E ela reforça: “O racismo no Brasil não é episódico, não é fenomênico. Quando a gente atribui esse caráter individualizante do racismo, a gente não aponta suas estruturas.” Nossa convidada Marilea de Almeida, Psicanalista e Rede Historiadores Negros, relembra que por muito tempo, a grande narrativa do Brasil era o mito da democracia racial: “A ideia de que no Brasil as relações raciais não se davam de forma violenta ou excludente, obviamente isso se trata de uma ideologia que falseia a realidade.” Rosane enfatiza “O Brasil é um país que é formado pelo racismo, porque foi um país que escravizou por mais de 300 anos. A abolição da escravatura não foi acompanhada de uma abolição das mentalidades, você aboliu as relações mas o vínculo escravagista permaneceu o mesmo. “ O combate ao racismo estrutural não é uma luta que começou hoje, tampouco que acabará amanhã, mas através da educação, da informação, do reconhecimento e do combate, mudaremos as estruturas que não nos cabem mais. Racismo. Ou você combate, ou você faz parte. Qual dos dois é você?

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